Dos términos muy parecidos, pero distintos al momento de realizar la terapéutica, entender bien esta diferencia permitirá un trabajo mas efectivo.
A motricidade orofacial, com o objetivo de reestabelecer as funções orais, apropria-se de duas linhas de raciocínio: a mioterapia e a terapia miofuncional. A mioterapia visa, por meio de exercícios específicos, modificar o comportamento muscular, enquanto a terapia miofuncional trabalha diretamente com as funções orais que se quer adequar objetivando, dessa forma, a modificação muscular.
Essas modificações musculares ocorrem devido às características do tecido muscular esquelético, uma vez que possui contração voluntária e fixa-se no sistema esquelético. É composto por fascículos musculares, ou seja, grupos de fibras musculares compostos de miofibrilas e estes, de miofilamentos que deslizam entre si durante a contração muscular3. Tal contração é ativada pelo sistema nervoso, sendo que há dois tipos de contração: a isotônica e a isométrica, conforme os pontos de fixação do músculo.
A contração isotônica ocorre quando uma extremidade do músculo está fixa e a outra, móvel, contra uma força constante, determinando a diminuição do tamanho do músculo e consequente movimento do seguimento a que está fixado. Já a isométrica ocorre quando as duas extremidades musculares estão fixas, determinando o aumento da tensão ou força, sem haver encurtamento do músculo ou movimento perceptível.
Os músculos faciais, por serem estriados esqueléticos, estão habituados a esses dois tipos de contração, porém diferenciam-se dos demais por não apresentarem bainhas faciais, uma das características dos músculos esqueléticos, sendo que muitas de suas fibras inserem-se diretamente na pele da face.
Além do conhecimento anatômico orofacial e cervical, o fonoaudiólogo deve conhecer também sobre a fisiologia do exercício, cujo objetivo é estudar os efeitos agudos e crônicos do exercício físico sobre a estrutura e a função dos diversos sistemas orgânicos. Para explicar os efeitos agudos e crônicos do exercício sobre as funções celulares, em sua plenitude, a fisiologia do exercício precisa descrever as respostas observadas em decorrência da execução do exercício e do treinamento físico e explicar os mecanismos envolvidos. É importante salientar que os efeitos dos exercícios sobre diferentes funções orgânicas dependem das características de quem os executa.
Na Motricidade Orofacial o tratamento é um processo que envolve o desenvolvimento da percepção, por parte do paciente, do que está alterado; o preparo dos músculos esqueléticos faciais, geralmente executados com exercícios; e o treinamento funcional corretivo dirigido. O planejamento terapêutico deve levar em conta as particularidades do paciente e ser direcionado para as dificuldades específicas encontradas.
Ao eleger a mioterapia como linha terapêutica para o reestabelecimento das funções orofaciais é preciso que o fonoaudiólogo conheça o motivo dessa escolha. O exercício não deve ser o objetivo da terapia, mas sim, uma ferramenta que proporcione ao paciente melhorar sua percepção e adequar seu tônus, caso alterado. Portanto, é necessário que o terapeuta, antes de pensar nos exercícios que serão utilizados, busque conhecimentos sobre a anatomia e a fisiologia de todos os músculos orofaciais...
TORRES, Geciane Maria Xavier and CESAR, Carla Patrícia Hernandez Alves Ribeiro. Fisiologia do exercício na motricidade orofacial: conhecimento sobre o assunto. Rev. CEFAC [online]. 2019, vol.21, n.1 [cited 2019-10-25], e14318.
Ver artículo completo en: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462019000100504&lng=en&nrm=iso&tlng=pt
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